segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Entrevista com: Karla Cristina Costa

A ala/armadora Karla já realizou o grande sonho de muitos jogadores: disputar uma Olimpíada. Aos 32 anos, essa brasiliense mostrou o seu talento pelas equipes nacionais e internacionais além das seleções que participou. Atualmente jogando em Americana/SP Karla nos conceceu alguns minutos de seu tempo para realização desta entrevista.

Então vamos la!!!

UnB:Como surgiu o interesse pelo basquete?

Karla: O basquete surgiu na minha vida aos 8 anos por conta do meu tio Chico(conhecido como Chicão)entre as peladas de Brasília,minha prima Renata,que hoje é professora do Vizinhança e meu irmão Rodrigo,que jogava Basquete pelo Planalto.

UnB: Quando jogava em Brasília, quais foram seus maiores desafios?

Karla: Jogar em Brasília naquele tempo, foi muito bom pra mim.
Foi com o Prof. Macedo e a Maria que tive minha base, que tive muitos amigos, que tive a certeza que era isso que iria fazer da vida.As únicas dificuldades,eram que não tínhamos a oportunidade de aparecer,pois os campeonatos eram só em Brasília e ficava difícil alguém nos descobrir.
UnB: Qual foi a primeira oportunidade que você teve para jogar profissionalmente?

Karla: Em 94, a Maria me arrumou uma peneira na Ponte Preta, passou, eu,a Táta que é daqui de Brasília também e mais 4 meninas,das 400 que faziam o teste. Essa foi á primeira chance que tive para estar em uma equipe de ponta e iniciar uma longa caminhada.
UnB: O caminho percorrido foi fácil? Conte-nos o seu maior desafio na trilha do basquete?

Karla: Não foi fácil, muita gente tem o mesmo sonho e briga por isso, se eu realmente não amasse o basquete, eu teria desistido. As dificuldades foram várias, desde estar longe da família tão nova até as decepções por cortes em seleções por lesões.
UnB: Quando foi convocada pela 1º vez para Seleção Brasileira, qual foi sua reação?

Karla: Me senti realizada,sabia que estava indo no caminho certo,sabia que estava deixando,muita gente feliz também.

UnB: Conte-nos um pouco da experiência na Europa.

Karla: Fiquei na Rússia, por volta de uns 5 meses,não gostei muito,além do frio,as pessoas também,não faziam questão de serem agradáveis,mas a experiência vale por tudo.Outra forma de jogar, de ver o jogo e isso fez com que eu aprendesse mais algumas coisas.Já na Polonia,fiquei por dois anos,adorei jogar lá,um povo mais parecido com a gente,então foi mais fácil de adaptar.
Aprendi muito lá e fui aos poucos melhorando meu jogo e ganhando experiência internacional.
UnB: Já conseguiu alcançar todos seus objetivos dentro de quadra?

Karla: Todos acho que nunca vou conseguir, mas a grande maioria sim.

UnB: Como você descreve a estrutura do nosso basquete feminino atualmente?

Karla: Acho que estamos melhorando, já conseguimos um Bronze no Sub-19, coisa que há anos não íamos tão bem,mas acho que ainda existe muita coisa a ser melhorada...
UnB: Qual foi seu pior momento no Basquete? E o melhor?
Karla: Meus piores momentos, sempre foram com lesões, acho que atleta nenhum gosta de ficar de fora das competições. E o melhor foi poder participar de duas Olimpíadas!!!

UnB: E depois do basquete, Karla?

Karla: Já venho fazendo planos, mas acredito que não terá nada a ver com o basquete.

UnB: Que mensagem você deixa para todos aqueles atletas que estão lendo esta entrevista?
Karla: Quando estiverem prontos pra abrir mão de muitas coisas por causa do Basquete,é que eles estão prontos para serem jogadores de verdade!
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Realização
Assessoria de Imprensa
Clube de Basquetebol da UnB

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