sábado, 23 de julho de 2011

Toronto contrata guru médico do Lakers que pode ajudar Leandrinho; saúde preocupa nosso rival Canadá

        Se a lesão no pulso direito foi o motivo que levou o ala-armador Leandrinho Barbosa a pedir dispensa da Seleção Brasileira depois de sentir-se ameaçado de que a próxima temporada fosse sua última no Toronto Raptors, a mais recente contratação do time canadense pode ajudá-lo bastante quando a greve da NBA terminar. O guru médico ex-Los Angeles Lakers Alex McKechnie foi anunciado na quinta-feira como reforço da franquia, cuja estreia oficial na temporada 2011-12 está marcada para o dia 2 de novembro, no Air Canada Centre contra o Philadelphia 76ers. Para o Torneio Pré-Olímpico das Américas na Argentina, a seleção do Canadá que é adversária do Brasil na primeira fase tem a saúde como maior preocupação, já que no ano passado as lesões atrapalharam muito na péssima campanha do país no Mundial da Turquia.
Primeiro vamos à tradução da matéria do site do jornal Toronto Sun sobre a contratação de McKechnie:
A greve da NBA não impediu o Raptors de fazer outro movimento forte na entressafra. Como esperado, Alex McKechnie veio a bordo do Toronto como diretor de ciência do esporte, supervisionando todo o treinamento atlético, reabilitação e trabalho de força e condicionamento. McKechnie passou oito temporadas em tempo integral com o Los Angeles Lakers e 12 na liga no total. A equipe angelina venceu cinco títulos nesse intervalo e ele é creditado pela extensão dos anos do auge da carreira do pivô Shaquille O’Neal. Ele é um inovador no treinamento de núcleo e integração de movimento e é extremamente conceituado.
         “Estou muito contente por fazer parte de uma organização de tamanha qualidade e ansioso para trabalhar com os Raptors, bem como para viver numa grande cidade como Toronto,” McKechnie disse em um comunicado oficial.
        O escocês nativo de Glasgow chegou ao estado canadense de British Columbia em 1974, como fisioterapeuta na Simon Fraser University. Mais tarde, ele abriu uma clínica particular e trabalhou com o time de futebol olímpico canadense, o Vancouver Whitecaps, o Vancouver Canucks (por 20 anos) e com os Lakers.
         O técnico de força e condicionamento Francesco Cuzzolin, que se juntou ao Raptors em julho de 2009, deixou a equipe para voltar para a Itália. Cuzzolin passou mais de uma década no Benneton Treviso, onde ele trabalhou pela primeira vez com o pivô italiano Andrea Bargnani e o executivo do Toronto Maurizio Gherardini.
        Antes de iniciada a greve, os Raptors foram elogiados pela contratação de Dwane Casey como treinador principal e com pela escolha do pivô lituano Jonas Valanciunas em quinto lugar geral no draft da NBA, concluiu o repórter do Sun Ryan Wolstat em seu artigo. Se o guru médico fez um trabalho tão bom com Shaq e os Lakers, talvez possa ajudar Leandrinho a recuperar sua plena capacidade.
        O Toronto anunciou na terça-feira a sua programação de jogos da temporada regular 2011-12, se a NBA for capaz de chegar a um novo acordo de negociação coletiva com o sindicato dos jogadores em tempo hábil. O clube canadense abre sua 17 ª temporada na National Basketball Association no seu ginásio Air Canada Centre numa quarta-feira, 2 de novembro, contra o Philadelphia 76ers. A estreia no Dia do Finados é mais tardia para uma abertura da temporada da equipe desde a mesma data em 2005-06. Na última temporada, a abertura em 27 de outubro foi a mais cedo na história da franquia. Isso também marca a 12ª vez na história da equipe que o clube começa a temporada regular em casa.
        A estreia do Toronto na estrada está marcada para sexta-feira, 4 de novembro, em Cleveland contra o Cavaliers do pivô brasuca Anderson Varejão, compromisso seguido pela viagem solitária da temporada para Minnesota na noite seguinte para enfrentar os Timberwolves. A programação conta com seis jogos em casa no primeiro mês, o menor número da franquia igualando as temporadas 2006-07 e 1998-99. Novembro inclui oito jogos fora de casa que consistem em quatro viagens separadas longe de Toronto. Março marcará o primeiro mês em que o Raptors tem mais jogos em casa (9) do que na estrada (6). Março e abril combinam para  15 jogos em casa versus 10 partidas na estrada.
          A mais longa turnê fora de casa é de quatro jogos e ocorre em três ocasiões: 10 a 14 de dezembro, 22 a 27 de janeiro e 13 a 20 de março. A sequência maior em casa da temporada é de sete jogos seguidos entre 21 de março e 3 de abril, que é igual ao recorde do clube definido entre os dias 30 de novembro e 14 de dezembro na temporada 1999-2000. Jogos notáveis na programação 2011-12 incluiem uma visita no início da temporada ao campeão da NBA Dallas Mavericks na segunda-feira, 7 de novembro. O Raptors enfrentará o campeão da Conferência Leste Miami Heat apenas uma vez no Air Canada Centre numa sexta-feira, 2 de dezembro. O Los Angeles Lakers faz a sua visita solitária a Toronto no domingo 12 de fevereiro. Outros duelos na matinê de domingo característica serão contra New York (4 de dezembro), New Orleans (18 de dezembro), Golden State (4 de março), Portland (11 de março) e Utah (25 de março).
         Toronto vai jogar sua oitava temporada na Divisão Atlântico, que tem Boston, New Jersey, New York e Philadelphia. Os Raptors foram membros da Divisão Central entre 1995 e 2004. A programação inclui quatro jogos contra adversários de divisão, com dois em casa e dois fora. Contra as restantes 10 equipes da Conferência Leste jogarão duas vezes em casa e duas na estrada, com a exceção de quatro equipes com três confrontos no ano – dois serão jogados uma vez em casa e duas vezes na estrada (Detroit e Miami) e dois serão jogados duas vezes em casa e uma vez na estrada (Charlotte e Indiana). Cada equipe da Conferência Oeste será enfrentada uma vez em casa e uma fora.
        O dia da semana mais movimentado para o Raptors nesta temporada será quarta-feira, com 24 jogos na programação. Quarta-feira tem um recorde da temporada com 10 jogos na estrada e o segundo maior número de partidas em casa, com 14. Sexta-feira é o topo do cronograma em casa com 15 jogos no Air Canada Centre. A maioria dos jogos da equipe em casa vai cair no fim de semana, com 15 jogos na sexta-feira e sete no domingo, sendo os dois dias responsáveis por mais da metade dos 41 confrontos em casa.
Os meses mais movimentados do Raptors são dezembro, com 16 jogos, seguido de março, com 15 partidas. O mês mais movimentado em casa é março, com nove jogos no Canadá, enquanto os meses mais movimentado na estrada são novembro, dezembro e janeiro, com o Raptors enfrentando oito jogos longe de Toronto. O Raptors terá 17 conjuntos de dois jogos em noites consecutivas nesta temporada (um a menos que na última temporada e quatro com relação a 2009-10), com uma alta de 10 sendo um jogo fora de casa seguido por outro jogo na estrada. A tabela da pré-temporada 2011-12 e a programação de televisão local serão divulgadas numa data posterior. Pela sexta temporada consecutiva, todos os 82 jogos do Raptors serão exibidos nacionalmente no Canadá.
        Já para a seleção do Canadá que enfrentará o Brasil no Pré-Olímpico, saúde é tudo. A equipe adulta masculina canadense teve um áspero caminho no ano passado no Campeonato Mundial em que não conseguiu vencer um único jogo no torneio. Uma das principais razões para a decepção da equipe no Mundial foi porque muitos dos principais jogadores do elenco estavam machucados, principalmente Andy Rautins, Carl English e Jesse Young. As lesões desses três, juntamente com outras, completamente destruíram as chances do Canadá no Campeonato Mundial, mas com um novo ano vem a esperança renovada enquanto o Team Canada prepara-se para o Pré-Olímpico das Américas, a melhor chance de sucesso virá com seus caras-chave ficando livre de lesões.
        “No ano passado jogamos no Mundial com cinco dos nossos sete principais jogadores lesionados ou fora da seleção, isso tornava muito difícil competir nesse nível”, disse o treinador do Canadá Leo Rautins após uma sessão de treinos. “Este ano todo mundo está saudável ou no caminho para ficar saudável, por isso espero que quando o qualificatório começar todo mundo vai estar em um bom lugar fisicamente e isso é metade da batalha. Você não vai ganhar muitos jogos sem os seus melhores caras prontos para competir e isso é trabalho nosso [comissão técnica] também. Não só prepará-los, mas também nos certificar de que seus corpos estão bem [fisicamente] onde eles precisam estar, assim eles estarão prontos chegando 30 de agosto.”
        Até agora, no acampamento de treinamento, o treinador canadense gostou do que viu e isso é porque o núcleo de jogadores que cresceram uns cons os outros a cada verão jogando pela equipe nacional estão presentes e parecem estar em boa saúde. Os trabalhos preparatórios para o qualificatório olímpico estão sendo divididos em duas fases, com a equipe atualmente no primeiro estágio. Das duas, a segunda fase promete ser a mais interessante para os fãs da equipe, pois há uma chance de que o armador escolhido pelo San Antonio Spurs na primeira rodada do draft da NBA este ano, Cory Joseph, irá juntar-se ao time porque as questões que envolvem o seu seguro parecem ter sido resolvidas, juntamente com os colegas jogadores da NBA Joel Anthony (Miami) e Andy Rautins (New York).
        “Fizemos tudo o que podíamos neste momento em que precisamos buscar as melhores políticas e acertar o financiamento (para os seguros), assim tudo isso foi feito”, disse Leo Rautins. “Nós temos cuidado de Andy; temos cuidado de Joel, e cuidado de Cory, parece que ele vai se juntar a nós na segunda fase.”
Quanto ao outro canadense que recentemente foi draftado, como quarta escolha geral do draft Tristan Thompson (Cleveland), o treinador do Canadá não é tão otimista que ele vai jogar, apesar de aberturas de Thompson sugerindo o contrário.
        “Eu não sei se Tristan vai estar jogando. Essa é uma decisão dele. Eu sei que ele estava um pouco abaixo fisicamente após o draft e ele teve alguma escola de verão que eu não tenho certeza, neste momento eu duvido que ele vai jogar, mas com todo mundo devemos ter cuidado.”
         É decepcionante que Thompson pareça improvável para jogar considerando a sua capacidade defensiva e atleticismo que só podem ajudar, mas isso não vai necessariamente algemar o Canadá, pois o time já tem um jogador de garrafão que pode fazer essas duas coisas em um nível excepcionalmente alto. O nome de Anthony foi exaltado para a ribalta nacional depois de uma pós-temporada estelar como pivô titular do Miami. Sua experiência de jogo nas finais da NBA lhe deram um grande impulso de confiança que ele acredita que vai elevar tanto o seu jogo quanto o do resto da equipe canadense.
“[Jogar nas finais da NBA] definitivamente teve um grande efeito em mim”, disse Anthony. “Há tanta coisa em termos de foco que você precisa e a atenção aos detalhes. Existem tantas coisas que são importantes que você não se apercebe tanto até que você tem que jogar em um nível tão alto assim, [experimentar tudo isso] foi definitivamente algo que me ajudou muito como jogador, pois eu tentei melhorar, e também como um companheiro, como eu tento vencer.”
         A qualificação para o Jogos Olímpicos de 2012 definitivamente não será moleza pois só as duas melhores equipes no Torneio da FIBA Américas 2011 terão uma vaga olímpica, com o terceiro a quinto colocados sendo empurrados para um torneio de última hora para qualificação na repescagem no próximo ano, pouco antes do início dos Jogos de Londres. Olhando para o Canadá competindo com outras equipes do continente, terminar entre os cinco primeiros é definitivamente possível, todas as equipes participantes estão equilibradas com exceção da Argentina, a favorita para ganhar o torneio em casa. Portanto, se toda a equipe canadense estiver saudável quando o torneio começar, em primeiro lugar não haverá uma repetição do fiasco do Mundial do ano passado.

fonte:basketbrasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário