domingo, 22 de janeiro de 2012

Equipes de Basquete Prejudicadas Como as Demais Equipes Coletivas Pela Reforma do Centro Olímpico

Emília Silberstein/UnB Agência
 


Atletas de esportes coletivos não têm onde treinar
Ginásio do CO está interditado. A sessenta dias das seletivas para os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), as equipes de vôlei, basquete, handebol e futsal não têm onde treinar

Diogo Lopes de Oliveira - Da Secretaria de Comunicação da UnB



O piso emborrachado da única quadra coberta do Centro Olímpico tem buracos e o concreto que sustenta os postes de rede de vôlei cedeu. Por esses motivos, a diretoria do CO interditou o ginásio no último dia 3 para solucionar os problemas. "Num primeiro momento eles disseram que as reformas durariam o mês de janeiro inteiro. Depois, que não passariam de uma semana. Até o dia 16, tudo estaria solucionado", conta Gabriel Serra, presidente da Atlética, entidade máxima de representação das atividades esportivas da UnB e preparador físico da equipe de vôlei da universidade. Os reparos começaram a ser feitos na última terça-feira (17), mas foram interrompidos por falta de material, segundo os atletas.


As equipes estão mantendo o preparo físico com treinos na academia da UnB, mas não conseguem praticar os fundamentos de seus esportes. Segundo Gabriel, as seletivas que vão escolher as instituições universitárias que representarão a região estão previstos para o final de março. "Antes da interdição, propusemos treinar com a quadra como estava, assumindo os riscos de lesão. Mas agora, com início das obras, não é mais possível porque o piso está retalhado", afirma. Os atletas reclamam ainda que não foram avisados da interdição do ginásio.


RIVAIS - Isabela Brasil, ex-jogadora e atual técnica da equipe de futsal da UnB, explica que ainda nem começou a treinar a parte técnica das atletas. Ela lamenta porque as principais rivais, a UPIS e a Universidade Católica de Brasília (UCB) estão treinando forte. "Nós estamos ficando pra trás. O pior é que não é por incapacidade da equipe. A culpa não é nossa", desabafa. "Precisamos que os reparos sejam feitos para que a gente volte a treinar o mais rápido possível".

A equipe de vôlei masculino da UnB é composta por 20 atletas. Eles treinam juntos há um ano e já conquistaram torneios como os Jogos Universitários do DF e os Jogos Abertos da Cidade. "Temos uma chance real de classificação para os JUBs, mas as condições de treinos, que já eram precárias, agora são inexistentes", diz Renato de Sousa, técnico da equipe.

No início, o time praticava nas quadras externas, mas com as chuvas deste mês, a preparação técnica ficou inviável. Eles chegaram a treinar com a quadra esburacada. "As condições das quadras externas são tão ruins quanto as do ginásio coberto", afirma Gabriel. A saída encontrada pelos técnicos e atletas foi tentar acordos com colégios e clubes. Nesta sexta-feira 20, na parte da tarde, eles tentavam marcar um treino à noite, no Minas Tênis.

SOLUÇÃO – André Reis, chefe do Centro Olímpico, explica que a interdição se deu por uma questão de segurança. "As equipe têm razão. Mas é preciso entender que esse trabalho de urgência é necessário. É importante tomar essa medida impopular para que não aconteçam lesões dos atletas". O gestor esclarece que as reformas emergenciais precisam ser feitas nesse período de férias, quando não há aulas na universidade. "Se tivéssemos o material hoje, em uma semana conseguiríamos deixar os ginásio com alguma segurança para o uso". Ele conta que o ginásio passará por uma grande reforma, orçada em R$ 400 mil, ainda sem data de início estabelecida.

Os esforços para conseguir o material que nivele o piso do ginásio são de responsabilidade da Faculdade de Educação Física (FEF). Seu diretor, Alexandre de Rezende, está trabalhando para estabelecer parcerias com os clubes próximos à UnB, como a APCEF-DF, Minas Tênis Clube e Clube do Exército. "Nossa intenção não é estabelecer parcerias emergenciais somente para locação. Queremos fazer cursos, eventos e investir no intercâmbio com os clubes", afirmou Alexandre. Ele já pediu R$ 20 mil ao Decanato de Planejamento e Orçamento (DPO). Cerca de R$ 10 mil serão usados para a compra de partes do piso para tapar os buracos do ginásio e concreto para recuperar os suportes dos postes da rede de vôlei.

SECOM - UnB

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