A reforma da pista de atletismo é uma reivindicação recorrente de atletas e alunos da Faculdade de Educação Física (FEF). Em um contexto de contenção de gastos públicos, a direção do curso encontrou uma maneira criativa de modernizar o local. Uma parceria com o Fundo de Apoio ao Menor de Feira de Santana, da Bahia, vai permitir que o piso seja substituído sem custos para a universidade. “Ofereceremos cursos de extensão para monitores do fundo em permuta pelo pisos”, explica o diretor da faculdade, Alexandre Rezende. O piso utilizado na reforma é feito a partir de pneu reciclado e tem qualidade similar ao das superfícies utilizadas em eventos esportivos de padrão internacional. Sem o acordo, as obras custariam R$ 1,5 milhão.
Outra reforma aguardada e que está próxima de ocorrer é a do parque aquático. As obras das piscinas olímpica e semiolímpica e do tanque para saltos ornamentais estão previstas para terem início em julho e devem durar seis meses. O edital deve ser publicado nos próximos dias. Fechadas há cinco anos devido a vazamentos, as piscinas serão revestidas por cerâmicas mais resistentes ao sol e ao desgaste pelo uso. “O que faremos tecnicamente é um estancamento da água”, diz o diretor da FEF sobre a obra orçada em R$ 1,2 milhão. Os recursos estão garantidos pela Reitoria e por uma emenda parlamentar da Câmara dos Deputados. “As piscinas estarão de acordo com as normas da Federação Internacional de Natação”, assegura. A ideia é que os espaços atendam aos atletas locais e sejam abertos para recreação no intervalo do almoço e aos fins de semana.
Um projeto maior em início de captação de recursos contempla a construção de quadras cobertas e um campo de futebol oficial com grama artificial. O custo total das obras, a serem financiadas a partir da Lei 11.438 de apoio ao esporte, é de R$ 12 milhões. Pela legislação, pessoas físicas e jurídicas podem fazer uma espécie de renúncia fiscal e repassar parte de impostos a serem pagos à Receita Federal para a ampliação do CO. “Esperamos o engajamento da universidade e das empresas para viabilizarmos essas obras”, diz o chefe do Centro Olímpico, André Reis.
COMUNIDADE – A expectativa da modernização dos espaços esportivos animou os alunos de Educação Física. “Acho sensacional que essas reformas entrem em andamento. Espero que não fique só na promessa”, afirma a estudante Ana Stella Ferrari, do 7º semestre. Segundo ela, a falta das piscinas tem causado prejuízos aos alunos, que deixam de desenvolver atividades na área e precisam ir a clubes vizinhos em disciplinas que envolvem natação. O calouro Eliezer de Moura mostrou-se motivado ao tomar conhecimento dos projetos. “A estrutura é realmente importante para nossa formação profissional”, disse.
As obras iminentes alimentam as esperanças de que uma das delegações da Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil, treine no Centro Olímpico. Para isso, entretanto, são necessários investimentos maiores. “Precisaremos, por exemplo, revitalizar campos de treinamento, modernizar os equipamentos de musculação e de espaços para fisioterapia”, avalia André Reis. Um projeto para um CO adequado para a Copa e também para auxiliar os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 foi apresentado à comunidade acadêmica em novembro do ano passado. Foram incluídas nos estudos as construções de uma arena esportiva para 15 mil pessoas e de um centro náutico. O investimento previsto é de R$ 303 milhões.
fonte:www.unb.br
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