sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Centro Olímpico será modernizado no segundo semestre

Os problemas estruturais que se acumulam no Centro Olímpico (CO) podem estar com os dias contados. Algumas das áreas mais críticas do complexo esportivo da Universidade de Brasília passarão por reformas a partir deste ano. A primeira melhoria prevista é a modernização de uma das pistas de atletismo. O desgastado piso asfáltico será remodelado e receberá cobertura emborrachada em julho. O parque aquático, fechado desde 2006, também será renovado este ano. Com apoio da Lei de Incentivo ao Esporte, estão previstas ainda a construção de quatro quadras poliesportivas cobertas e um campo de futebol com grama sintética. Obras estimulam o sonho de receber uma das delegações da Copa de 2014 nas instalações da universidade.
A reforma da pista de atletismo é uma reivindicação recorrente de atletas e alunos da Faculdade de Educação Física (FEF). Em um contexto de contenção de gastos públicos, a direção do curso encontrou uma maneira criativa de modernizar o local. Uma parceria com o Fundo de Apoio ao Menor de Feira de Santana, da Bahia, vai permitir que o piso seja substituído sem custos para a universidade. “Ofereceremos cursos de extensão para monitores do fundo em permuta pelo pisos”, explica o diretor da faculdade, Alexandre Rezende. O piso utilizado na reforma é feito a partir de pneu reciclado e tem qualidade similar ao das superfícies utilizadas em eventos esportivos de padrão internacional. Sem o acordo, as obras custariam R$ 1,5 milhão.
                                                                                                                                                                    Diretor da FEF em piscina a ser reformada

Outra reforma aguardada e que está próxima de ocorrer é a do parque aquático. As obras das piscinas olímpica e semiolímpica e do tanque para saltos ornamentais estão previstas para terem início em julho e devem durar seis meses. O edital deve ser publicado nos próximos dias. Fechadas há cinco anos devido a vazamentos, as piscinas serão revestidas por cerâmicas mais resistentes ao sol e ao desgaste pelo uso. “O que faremos tecnicamente é um estancamento da água”, diz o diretor da FEF sobre a obra orçada em R$ 1,2 milhão. Os recursos estão garantidos pela Reitoria e por uma emenda parlamentar da Câmara dos Deputados. “As piscinas estarão de acordo com as normas da Federação Internacional de Natação”, assegura. A ideia é que os espaços atendam aos atletas locais e sejam abertos para recreação no intervalo do almoço e aos fins de semana.
Um projeto maior em início de captação de recursos contempla a construção de quadras cobertas e um campo de futebol oficial com grama artificial. O custo total das obras, a serem financiadas a partir da Lei 11.438 de apoio ao esporte, é de R$ 12 milhões. Pela legislação, pessoas físicas e jurídicas podem fazer uma espécie de renúncia fiscal e repassar parte de impostos a serem pagos à Receita Federal para a ampliação do CO. “Esperamos o engajamento da universidade e das empresas para viabilizarmos essas obras”, diz o chefe do Centro Olímpico, André Reis.
COMUNIDADE – A expectativa da modernização dos espaços esportivos animou os alunos de Educação Física. “Acho sensacional que essas reformas entrem em andamento. Espero que não fique só na promessa”, afirma a estudante Ana Stella Ferrari, do 7º semestre. Segundo ela, a falta das piscinas tem causado prejuízos aos alunos, que deixam de desenvolver atividades na área e precisam ir a clubes vizinhos em disciplinas que envolvem natação. O calouro Eliezer de Moura mostrou-se motivado ao tomar conhecimento dos projetos. “A estrutura é realmente importante para nossa formação profissional”, disse.
As obras iminentes alimentam as esperanças de que uma das delegações da Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil, treine no Centro Olímpico. Para isso, entretanto, são necessários investimentos maiores. “Precisaremos, por exemplo, revitalizar campos de treinamento, modernizar os equipamentos de musculação e de espaços para fisioterapia”, avalia André Reis. Um projeto para um CO adequado para a Copa e também para auxiliar os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 foi apresentado à comunidade acadêmica em novembro do ano passado. Foram incluídas nos estudos as construções de uma arena esportiva para 15 mil pessoas e de um centro náutico. O investimento previsto é de R$ 303 milhões.


fonte:www.unb.br

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