terça-feira, 30 de agosto de 2011

Argentina busca consagração enquanto Brasil só quer uma vaga

A espera dos gigantes argentinos após o treino no Once Unidos, no início da tarde de segunda-feira, estavam famílias inteiras, pais e mães que foram acompanharam seus filhos, muitas crianças e adolescentes que ainda nem sabem se terão altura para serem como seus ídolos, mas que sonham com isso.
Joaquim Echagüe, 11 anos, e seu irmão Manuel, 8 anos, eram um dos primeiros da fila de fãs, cerca de 30, que aguardavam os gigantes da seleção argentina saírem do treino. Os dois jogam basquete desde os três anos e são da geração que só viu o esporte dar alegrias ao povo argentino. Acompanhados da mãe e da tia, que se encarregavam das fotos, os irmãos ganharam na camiseta de basquete a assinatura de todos os jogadores que por ali passaram e um par de fotos também. Fãs de Luis Scola e Hernán Jasen, o Pacho, os dois exibiam as camisetas o tempo todo, sempre com um sorriso largo no rosto.
O Pré-Olímpico, todos por aqui sabem, será a coroação dessa geração dourada, que levou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, mas que ganhou também bronze em Pequim 2008. Além das disputas olímpicas, a seleção argentina foi segundo lugar no Mundial de Basquete em Indianápolis em 2002, quarto lugar no Mundial do Japão em 2006 e quinto lugar no da Turquia, em 2010. A Argentina ganhou também o título Fiba Diamond Ball em Pequim 2008 e uma medalha de bronze em Belgrano 2004, ouro no Panamericano de Neuquén em 2001, prata na República Dominicana em 2005 e um bronze em San Juan de Porto Rico em 2009. Além disso, a geração de Emanuel Ginóbili, Luis Scola, Fabrício Oberto e Carlos Delfino conquistaram dois segundos lugares no Torneio das Américas (San Juan em 2003 e em Las Vegas 2007) e três títulos Sul-Americanos em 2001, 2004 e 2008.
O Brasil na festa da Argentina
E enquanto a Argentina faz treinos abertos, anúncia suas baixas para esse início de torneio, atende a numerosa imprensa e seus fãs, o Brasil está em outro clima. Em clima de concentração total. Com treinos fechados em sua maioria e uma exposição dos jogadores na mídia bastante cautelosa, o Brasil vem para conquistar uma das duas vagas. Uma vaga que dará aos mais experientes da seleção brasileira o gosto de ter dado ao seu País a chance de disputar uma Olimpíada de novo, após longos anos. Nesse grupo, vale lembrar, estão jogadores como Marcelinho Machado, 36, que já disputou cinco pré-olímpicos, e Alex Garcia, que já esteve em 4.
Na casa daquele que pode vir a ser seu maior inimigo nesse torneio, com um técnico argentino sob seu comando, a seleção brasileira busca reforços virtuais. Desde segunda-feira, o Twitter da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e dos jogadores postaram mensagens convidando os brasileiros a acompanharem a transmissão dos jogos às 14h00 (de Brasília) e até lançaram uma hashtag: #naofujoaluta. Vídeos com os jogadores falando sobre o Pré-Olímpico e o trabalho de Ruben Magano também foram postados no YouTube: http://www.youtube.com/user/armandotozzonijr.
O Brasil estreia nesta terça-feira, às 14h00 (de Brasília), contra a Venezuela, pelo Grupo A. A Argentina joga às 18h00 (de Brasília), contra o Paraguai, pelo Grupo B.

Nenhum comentário:

Postar um comentário