sábado, 23 de julho de 2011

Por medalha, basquete supera treinos puxados em SP e ‘maratona’ no Rio

         Em seis dias até agora, foram seis partidas. Folga? Só depois dos Jogos Mundiais Militares. A seleção brasileira de basquete que disputa a competição no Rio de Janeiro enfrenta neste sábado o sétimo desafio, o mais difícil até agora: a semifinal contra os invictos Estados Unidos. Se as pernas já começam a pesar por causa da maratona, a equipe de Alberto Bial terá na semifinal dois reforços: Nezinho e Arthur, liberados da seleção principal que treina em São Paulo para o Pré-Olímpico de Mar del Plata. Fôlego renovado? Não exatamente.
Arthur e Nezinho na seleção de basquete (Foto: Divulgação / Gaspar Nobrega)Arthur e Nezinho: treinos puxados com Rubén Magnano em São Paulo (Foto: Divulgação / Gaspar Nobrega)
 
          "Cansado", "exausto", "morto", "acabado". São esses os adjetivos que os comandados de Rubén Magnano costumam usar diariamente para comentar, no twitter, o fim de um dia de treino na capital paulista. Se a seleção militar encara um jogo atrás do outro, Nezinho e Arthur ralam há três semanas nas atividades na Hebraica. A dupla chegou ao Rio na noite de sexta e, ao meio-dia de sábado estará em quadra na Arena da Barra. Quem tem mais motivos para se queixar?
- Pelo bate-papo que a gente tem diariamente, o chororô é dos dois lados (risos). A gente vem num excesso de jogos. E tenho falado com o Arthur, e ele diz a mesma coisa, que os treinos lá são muito puxados. Mas na hora que entra na quadra, tudo some, a gente vai com tudo – explica Felipe Ribeiro, um dos cestinhas da seleção nos Jogos Militares.
Felipe seleção militar de basquete (Foto: Alexandre Durão/Photocamera)Felipe com a proteção azul na perna direita: dores
musculares (Foto: Alexandre Durão/Photocamera)

         Na quinta-feira, contra o Uzbequistão, Felipe sequer entrou em quadra. Com um desconforto muscular na perna direita, foi poupado por Bial. Agora não dá mais para poupar ninguém. E Arthur, campeão do NBB pelo Brasília, sabe a importância de um momento decisivo como este.
- Quero chegar e somar, ajudar o time rumo ao título, que é difícil. Acho que todos da seleção vão estar cansados, são muitos jogos na sequência. E os treinos em São Paulo têm sido muito fortes. Estamos com muita vontade de jogar, apesar do cansaço. Acho que a maior dificuldade vai ser a falta de ritmo de jogo mesmo, entrosar novamente com grupo. Mas vamos conseguir contribuir de alguma forma – prevê o ala.
         Arthur e Nezinho estavam com a seleção militar no início da preparação, mas foram convocados para o grupo do Pré-Olímpico e viajaram para São Paulo. Alberto Bial se reuniu com Magnano, e o técnico argentino concordou em liberar a dupla caso o Brasil chegasse à semi no Rio.
A liberação, no entanto, veio antes de dois percalços para Magnano em SP. Primeiro o americano Larry Taylor foi cortado, porque não conseguiu a naturalização a tempo, o que reduz as opções na armação. Na noite de quarta, o próprio Nezinho sofreu uma torção leve no pé. No sábado, Bial quer esquecer todas as adversidades.
         - Nesses momentos, o verdadeiro atleta não pode apresentar cansaço. Nezinho e Arthur vão encontrar a força que encontraram na final do NBB, e nós aqui temos também temos que encontrar forças para o sétimo jogo em sete dias. A perseverança faz a fadiga ser afastada – pediu o treinador.
fonte:www.globo.com

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